sexta-feira, 23 de abril de 2010

Hoje...

Se meu dia perde o valor e a existência
Eu hei de me calar em pensamentos
Pois se me cabe no coração a obediência
Minh’alma devora a dor, a solidão dos desalentos.

Se meu mundo perde a lógica, a crítica e a razão
Eu perco as horas, me desertando no esquecimento
Naufragado nas ondas de uma eterna ilusão
Sobrevivida no emaranhado espaço do meu querido tempo.

Posso não ser a voz, nem a vida, nem a luz
Não faço por onde, a idéia apenas me conduz
Sou um solitário da ignorância dos desabrigados.

Alimentado pela palavra viva dos orientados
Erguido pelo orgulho do que me resta então
De ter dito muitas vezes sim e poucas vezes não.

Auto: Leandro Saldanha

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Amar é



Amar é ponderar sobre os atos e fatos do coração
É não resistir à este amor e se entregar por inteiro
É lutar contra os erros, para que nada seja feito em vão
É navegar em sentimentos, e ser por completo aventureiro.

Amar é solidificar a alma de quem nos ama
É se aquecer nos braços da sua própria chama
É conter no peito uma gota desejável de saudade
É guerrear em pensamentos, a quem se quer de verdade.

Amar é debruçar sobre o carinho, num gesto sem vaidade
É sentir na pele o prazer e no olhar a lealdade
É tolerar a ignorância dos outros com firmeza.

Amar é suportar as injúrias do mundo sem tristeza
É seguir as vontades de quem se gosta, sem ousadia
É contar as horas, minutos, pra sonhar a cada dia.

Autor : Leandro Saldanha

domingo, 11 de abril de 2010

Inefável


Dizem que sou louco e que sou o reflexo de tantas expressões exposta em meu olhar, que minha naturalidade às vezes assusta quando crio margens para que o íntimo quebre e meu sorriso seja apenas um grão a mais no chão de quem pisa. Não me vago nem me permito se posto aos olhos de quem busca cifrar minha vida e por tanta convicção casual busco semelhantes modos para que outros se convençam de quem sou. Sou inefável, o reflexo do que se compreende por indizível e se por assim for o casso, serei apenas uma incógnita aos braços de quem busca amor. Vou ser tantos e outros arranjos em versos com intérpretes diversificados ao meu modo de enxergar por onde vivo. Enquanto alguns desabrigam amor outros virgulam frases como eu te amo a cada tempo que se tem alguém e com ninguém acaba estando.


Somos fruto da inércia casual e se pensar por inefável, digo que eu irei perdoar aos ignorantes que não se expressam como devem. Não irei viver a paralelos sonhos e por refletir esse meu eu imperfeito penso que seguir em vida é o mesmo que viajar ou quem sabe voar nas costas do vendo sem deixar que o tempo vague e nos esqueçamos de quem somos. Somos inconstantes e nos limitar em descrições é nos enquadrar a uma imagem retratada o vazio, julgar o que não se conhece e assim, alguns me completam frases quando dizem: você é louco. Sou louco porque falo quando sigo em nexo aos meus pensamentos e minha naturalidade me transforma num ser diferente? Quando minhas expressões transgridem o sorriso de outrem? Se por ser diferente, morro desigual, humano e inefável, porem :ÚNICO!


Autor: Leandro Saldanha