domingo, 19 de dezembro de 2010

Idas e Vindas

Você me olha como quem não quer nada, me solta um leve sorrido bandido no rosto e me deixa assim, confuso. Você que vem brincar de bem me quer me envolvendo entreolhares do teu silencio mudo e seu pensamento falante, você que já não me quer, nem como amor, nem como amante e só fica de charminho pra me atormentar. Tentei fugir, porém minha teimosia em admitir que te amo me devolveu planos das frases rabiscadas no mural das suas lembranças, e eu que pensei que por toda essa distância repartida a oceanos fosse me causar frustrações em um amor que partiu de mim refletido em você somente a amizade, ai que saudade de um tempo em que pensei que tudo era infinito.

Tentei voltar e pude ver o quanto errei, quem dera fosse fácil construir verdades pra mentiras quase incertas de um coração que sofre. Você correu em direções oposta aos meus anseios, e como quem quer viver buscou outras aventuras, amores, paixões e eu fiquei de entender ou quem sabe refletir a perda como quem reflete um sorriso mesmo quando tudo já não mais tem solução, você se tornou saudade quando tudo se tornou escuridão. E por tantas idas e vindas construir em mim o seu eu infinito, chorei sem meu disfarce posto em meu sorriso vazio, e quando dei por mim admitir o quanto eu te amo mesmo sem te ter.
Autor: Leandro Saldanha
ich liebe dich fur immer mine liebe.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Fugas

Eu posso até fugir, entardecer os meios anseios nos mais sinceros gestos que o meu olhar possa te dizer, você brincou de bem me quer e agora quer partir, vivenciar outros amores , se perder em outros caminhos ou quem sabe ao certo o dia de amanha, muitas vezes quando a paixão se torna heroína o esquecimento a faz de vilã. Eu posso até fugir, mas levo comigo um pouco do teu egoísmo em punhados de sal circundando pensamentos meus os quais a solidão não possa me tocar, que demore o tempo mas uma hora vai passar, eu vou cuidar de mim e você, quem sabe um dia eu possa ter a certeza que você será o motivo a mais pro meu sorriso de frieza ou o destino me cortar em pedaços e te torna parte do que um dia eu pensei existir, até onde eu sei foi você quem decidiu partir.

E todo aquele choro preso na garganta consumindo a saudade me tornou completo, aprendi um pouco mais com a minha solidão o que junto a você me dei por perdido, quando agente gosta as vezes um pouco do tudo perde o sentindo, mas no final das contas você encontra uma razão até mesmo pra tantas lágrimas perdidas ao lavar o rosto se perguntando o porque acabou... Já se perguntou quem mais amou? E quando encontrar a resposta não venha me implorar o gosto dos meus sinais vitais do amor contido em mim enquanto eu te amava, agente perde tanto o foco, enlouquece, extravasa. Você se torna escravo do seu próprio amor, e quando menos espera por tantas fugas idas e vindas você ainda se encontra amando aquele alguém que tanto te fez sofrer, pode até fazer sentindo, mas pro valor do amor é muito mais sincero o gosto do louco e honesto sentimento que percorre o corpo quando se ama, aquele tanto amor não se torna dor, mas se torna cama... Eu posso até fugir ...

Autor: Leandro Saldanha

domingo, 5 de setembro de 2010

Invenções

A inteligência é passiva dos gênios, tardança dos leigos, o informal e culto gosto de ser e estar. Dizem as más línguas que me tomam por ciência, que de loucos todos temos um pouco, mas vou incumbir tal reflexão a verbos vazios outrora a ignorância de uns me tomam a humildade de muitos que mal sabem por onde se começa ou termina vida, todavia indignada por frustrações a idéia deixa de ser um rumo para os que perdem ao invés de calar, seguir e vencer.

A tristeza de mil universos perdidos a olhares vis e pagã. Vou quem sabe cifrar minha vida como se cifram músicas e talvez a pobreza de minhas rimas e lastimáveis poesias me devolvam o sentimentalismo e a humildade de aceitar erros, ainda que a tez de minhas rugas denuncie minha então tarda velhice a protelar dores como as quais se protelam amores perdidos por tantos anos e mesmo assim, uns acordes dissonantes, incontáveis, as quais somente o tempo de minha sabedoria me devolveria o gosto por saber cifrar a si.

E nos pequenos punhados de sal e vento, meus dedos posam penetrar a sentir talvez minha então loucura, a surdez de um destino que já não nos ouve, ma nos responde conforme nossas escolhas e mesmo assim ainda me vejo a outros olhares que enrubescem os meus, e por forçar meus passos notei pegadas tão profundas quanto o gosto de minhas memórias seletivas de uma saudade quase oculta, e mesmo que a insistência de alguns impugna a idéia de que a vida é uma constante inércia, e sucessão por repetitivos erros nos torna obsoletos, sim somos falhos, mas não se sabe ao certo quanto somos, apenas deduzo que se errar é uma forma prática do saber, nossa existência foi um erro ou quem sabe a maior invenção de Deus. A certeza.

Autor: Leandro Saldanha

sábado, 28 de agosto de 2010

Mil desejos.

Vou brincar de bem me quer, vou fazer de você meu aconchego, meu dengo, o meu coração. Me banhar de loucuras e quem saber despir a razão, vou contar meus segredos e pisar machucando aos poucos essa saudade que me corta quando estou assim tão distante. Vou me fazer de herói, de bandido, de amante. Vou gritar em silêncio te amo pra quem quiser encontrar em meus olhos essa então razão que me enlouquece, fascina e me toma. Vou entardecer, encontrar mil divãs e desabafar o que sinto e se minto digo por si covardia, você me completa, me domina, irradia.

Vou mostrar minha boca molhada dos beijos que você me deu, diga que você me quer mesmo que seu orgulho te envolva assim tão re repente, se por si só sou o vilão, você finge que eu sei por ser inocente. Este coração ainda é seu, e vou levar seu sorriso por outros que esqueci e chorei, não sabemos como será o amanhã quando se tem alguém ao coração. É muito fácil querer o difícil é saber quando se tem o erro, quando se não tem razão. E do que eu nada sei, vou dividir momentos a pensamentos pagãos o que por tantas vezes por sofrer não soube suportar a dor do que se perde mesmo quando se tem ao coração a sensatez do que se ama ou do que se buscar amar. Você faz parte do meu corpo que brisa a flores por me salientar.

Pode vir como vier, cada qual sabe como se preenche sua história, rotina de vida abstrata fecundada a atitudes vis quase tão incerta, por isso, nada vale o inseguro quando se busca querer viver de amor. Vou quem sabe acordar e dizer bom dia a seu corpo presente marcado suado na cama como a saudade introvertida a seu cheiro emaranhado por todo corredor, vou quem sabe procurar ligar ouvir sua voz como quem nada quer, vou inventar mil desculpas por somente desejar te encontrar ao entardecer do dia e timidamente me ouvir dizer te amo. Vou levar a certeza do muito pouco que eu sei, você é tudo e um pouco a mais que desejei.

Autor: Leandro Saldanha.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Meias verdades.

Vou deitar no divã de Deus, me consultar talvez ou desabafar e buscar assuntos pra desenvolver, essa então bolha de ar que abraça a vida como a vida quer, você suspira, deleita e sonha o que tiver de ser será como os rabiscos de seus pensamentos. Ostentar o inseguro é viver em sombras o que já não se permite caminhar em dias de frio sem que haja outros que te roubam o calor de suas esperanças e quase já não há motivos pra se acreditar que o mundo se rendeu, implícito, perene, fugaz.

Vou me permitir voar, navegar nas costas do vento, me desligar deste chão e meditar. Não vou julgar os meus limites, so far away em outras esquinas como dividir o meu olhar feliz, que o meu destino é cantar mesmo que o meu então aprendiz verso soletrado por anjos venha a me dizer que sou apenas um recanto de outras poesias grafadas por Deus. Às vezes reclamamos tanto que nem se quer notamos que agradecer é muito mais simples que exigir, por segundos achei que a vida você me ofertar quase tudo o que procuro, se eu não deixasse que o medo me abrandasse no escuro.

Engasgo frases, não vou me culpar tão somente por erros alheios, alguns choram quase não suportando o gosto amargo por meias verdades e outros abraços que engodam ternuras falsas. Não vou me preocupar me contentando a mentiras, quem faz seu destino sabe bem o que quer, nem sempre será a mando de Deus, ou seja, como vier. Costumava ouvir conselhos de minha mãe, sua voz quase rouca me fizera conter loucuras, são tantas coisinhas miúdas as quais o tempo corrói a alma, que quase nada ou quase tudo sobrepõe à perda, muitos que sofrem sabem como é abraçar a solidão, o que me dirá saber dividir ou tolerar quando se diz sim, ou quando saber dizer não.

Autor: Leandro Saldanha

domingo, 22 de agosto de 2010

Desalentos

Um sorriso brotando no rosto de quem um dia sofreu, consolei minha mãe que um dia dissera – Meu filho, tomes cuidado por onde passar. Eu com meus olhos agradeci o conselho, e disse – Não se preocupe, eu sei me cuidar. Foi então que comecei a cometer loucuras, esmurrei o destino, fingir não saber que a vida me devolve partes do que procuro, quando me dei por vencido, acordei cego no leito do escuro. As amizades que tive não sei onde estão, o intolerável fracasso bordado aos montes trapos sobrepostos ao meu corpo, reflete sobre meus olhos minha então condição de vida, suja, cruel, esquecida.

Aos pagãos me torno mais um pedinte, o tipo quem busca o repouso por tantas e tantas estradas seguidas sem rumo, sem se quer ter a noção de retorno. O que adianta lutar quando é fácil ceder, fé por fé sem merecer, vencer talvez um inimigo invencível. Vou quem sabe inventar quando a regra é vender, romper o invisível e por vez esquecer e chorar o implacável desgosto por ignorar outras frases e o amor de minha mãe. Abandonei minhas falas, troquei meu cobertor por este chão, quem sabe morrer uma ou duas vezes e brotar mim outras esperanças que plantei com a mão. Cravar na alma o gosto de quem quer viver o amanha sem a vergonha por ser um desconhecido aos olhos de quem passa, um pouco de paz nunca é demais.

Entre a luz e escuridão eu vou seguir, vou cantar muito mais pra quem quiser me ouvir, é tão cedo e tão tarde a mais pro mundo acordar, muitos que perdem só sabe o valor depois que se nota o gosto de amar. Não vou mais seguir com reis e rainhas presos em meu berço, meu reino é meu lar, minha mãe coração. Perdi muito mais criando fábulas e aventuras, a que escutar quem me que o bem e não a solidão. E se assim, que eu viva com feridas as quais o tempo proporciona a sensação exata que meu corpo necessita em liberdade, sei que viver de mentira é bem pior a que ter a sensação de não se viver a verdade.

Autor: Leandro Saldanha

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Me perdendo.

Não fale meu nome, não me tomes, você bem sabe o que faz. Verás que mesmo assim ainda corro atrás, pra retomar o que sentimos somos infantis, cegos, insanos. Redescubro minha insegurança, o que já não mais suporto abraçar sabendo que por todo amor dito a mim apenas fora mais uma de suas frases feitas a clichês dos teus olhares, vá em busca de quem te quer, more em outros lares, finja ser o que suas atitudes não conseguem demonstrar o que em muitas vezes em meus retratos traduzi ao silencio de meus olhos, sem exigir explicações, sem pestanejar...

Muitos dizem que somente os menos irracionais amam com intensidade, porém não serei eu quem ficará para descobrir quem mais amou, nem cometer o erro por me humilhar demais e me amar menos. Sorrir muitas das vezes nem sempre quer dizer “estou bem”, agora eu sinto que horas passei pensando acusando a mim mesmo por te amar demais e nem se quer notar o quanto fico de lado em tantas horas que a saudade percorre meu corpo na necessidade por te querer e te abraçar. Me olhe nos olhos e não tema, negue se for necessário a si mesmo mas não me destrate, quase morri de ciúme, porém quero saber do que você é capaz, se diz que me ama não me jogue a escanteio, não quero ser opção de quem não me satisfaz.

Você desconhece meus erros, meus anseios, finge querer descobrir. Você que quase me completa, não sei o porquê você faz isso comigo, me pego cantando outros tempos o que hoje quase nem noto, eu fiquei pra esquecer esse amor que você conquistou. Você desconhece minhas falas, e por tantas vezes que me arrepiou a pele me tocando aos gostos, fugiu de mim a esperança por te querer, você por muitas vezes me deixou de lado e quase insuportavelmente tive que conter vergonhas expressas sobre meus olhos, você tem um jeito só seu de me amar, porém, não demore a recompor o que perdeu, e por tantos segredos envolvidos sobre nos dois, e deixando pra depois você virá com tantos mimos querendo me envolver, só que as vezes é bem tarde quando se tem no coração a saudade, quando for se arrepender...

E me perder de vez.

Autor: Leandro Saldanha

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Tempo.

Sustento em meus olhos o ardor e outras rebeldias, nua, crua e singela. Meus cabelos brancos desenhados aos restos e reflexos vistos reprovando minha então juventude e aos vintes e tantos anos perdidos ensaiados por pensamentos arredios, furtos, fracos, impuros. Já não me encontro mais como antes, amantes de minha infância roubada ou quem sabe sujeitada ao propósito de me seguir seguindo as idéias repetidas vezes por me perder tão somente por não me encontrar. Lembro-me dos meus 15 anos, o novo já não me era tão necessário e diante do primeiro beijo dado me senti tão maduro quanto minha própria sede por amadurecer, o que viesse quase não importava perto de outras aventuras por vir e viver.


Por outras me cogitei chances perdidas, momentos os quais inconseqüentemente deixei passar por acreditar em outras verdades, amizades tão fúteis quanto minha necessidade de me sentir só. Você chora, cala, grita ao silêncio dos olhos e todo teatro de sorrir quase não importa quando se está diante de leões e cordeiros. A saudade só se torna oportuna quando se sente o gosto da perda, você apela, e por diversas vezes o gosto do afago se torna cada vez mais constante, auto-suficiente quase sem precisar dos que estão ao lado e quando menos se espera você se ver só.


Mas quem em sã consciência transpiraria falsas verdades? Já não posso mais refletir em meus olhos o sincero, o belo, humilde. Me roubam sonhos, invejam desejos, sustento apenas em meu silêncio o gosto e me sentir bem. A felicidade só se é permitida se por atitude você, move, densa, esparsa. Hesito em correr, pra que pressa se no final todos somos como somos, o tempo não correr o fato é que somos nós é quem corremos demais para acompanhá-lo, espero, almejo, sonho. Quanto mais posto sobre meu corpo a necessidade de me sentir feliz, mais acredito em minhas atitudes.


E assim seguirei.


Autor: Leandro Saldanha

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Esquecer.

E por tantas vezes eu já tive pressa, tão somente cai por onde passei e aquela solidão quase sempre muda, desde já não me assombra por onde caminhei. Você que me cala, me toma, me faz sucumbir aos teus desejos, apronte as malas quem sabe tome um rumo certo e já não volte mais, eu já perdi um longo tempo procurando em outras o que você já não me satisfaz. Vou pensar em cumprir a vida revivendo aventuras que ao seu lado prisões me fizeram conter, pode ser que um pouco de coragem ou loucura me revigore a vontade posta aos meus olhos por sorrir o que você me propôs a perder.

Hoje talvez eu viva outros planos revirados esquecidos tantos anos, e cada um por si seguindo seu caminho sem olhar pra trás. E por diversas vezes repeti canções, estar assim é tão desconcertante e quase sempre você perde o meio fio de sua história. São tantas coisas que somente entre nós soubemos guardar o que restou, já que não soube amar pegue a saudade que te resta dos meus beijos ou escute o próprio som de frases que você falou. É tão difícil olhar o que me resta mas mesmo assim eu vou levando em frente o que você não soube levar, e cedo ou tarde a perda lhe trará na pele o gosto que se tem de quem não soube amar.

Não espere resposta, você bem sabe que brincar de amor é muito mais que retalhar desejos. E vou rasgando verbos e saídas de feridas suas que aprendi a suportar, além do mais você é pouco pro meu bem querer querendo estar... Mas que me negar amor será covardia, que meu bem querer será todo seu, mas com certeza o primeiro a dizer que esteve errado meu amor, não serei eu. Por isso, o que você já foi um dia será talvez saudade recomposta a pensamentos vazios e entre outros os quais o meu coração abandonou, por isso, não leve contigo esse amor que você nunca amou.

Autor: Leandro Saldanha

sábado, 10 de julho de 2010

Mudanças



Mudei de rua, fiz de conta que os caminhos turvos não me eram a melhor solução, me vi perdido em meu próprio olhar cujo um dia se viu refletido num coração a qual amei...me vi perdido em meus próprios versos, não por inconseqüência minha, mas por não ouvir aqueles que estão ao meu lado, e por um instante segundo me vi escrevendo sobre a mesa dos meus sonhos, e eu estava ali pensando em tudo o que havia me acontecido...( quantas vezes nos perdemos em pensamentos, quantas vezes nos perdemos por segundo por erros cometidos )...

Escrever é uma arte onde nossa alma se reparte em letras e verbos, e divide um sentimento a qual ninguém é capaz de dizer, falar, por simples timidez...Mudar o caminho é saber que no final dele sempre há alguém a nossa espera, sempre há alguém que nos abraçara como desejamos, e por mais que choremos um dia por solidão, acredite és mais amado que pensas, o importante da vida é sua existência, e os erros são apenas detalhes...São pequenas frases de um interminável ciclo da vida, onde sempre damos voltas e voltas, mas por quê?

Talvez é uma forma de nos encontrar menos indiferentes, menos incertos do que um dia fomos, e por mais que um dia fingirmos ter calma sobre uma situação a qual jamais pensamos em estar, fechar os olhos é ponderar consigo mesmo e saber que sempre há uma solução, saber que valorizar a si é fazer de conta que o mundo não gira em tornos de nossos pensamentos, mas sim em constante harmonia com o todo...

Autor Leo Saldanha

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Destino...

Virei freguês do destino e por toda embriagues posta aos pensamentos que se emaranham, cogito-me cada vez mais se por todo acaso vivo, por onde deixei meu livre arbítrio ou se vendi por uns trocados a mais por mera ilusão de viver. Há quem diga que tudo esta predestinado, vou escolher a melhor roupa e sair e bordar loucuras, rabiscar em meu livro caso Deus tenha me reservado outras aventuras que somente eu não sei como descobri, mas sei que vou vive-las, nada é tão incerto quanto o amanha ou nada sei quem sou. Se sou fruto de minha falha observância ou se minhas vísceras já não mais suportam meu velho mal gosto.

E toda vaga sensatez humana me desperta quase sempre uma sensação de desespero, tenso, dolorido, frágil, de tão conturbado que me é certos olhares refletidos aos meus em busca das mesmas perguntas válidas, incertas e inseguras. Guardo na saudade um pouco de minhas esperanças e caso haja por entre as lembranças de minha tarda infância o meu eu imperfeito, imaturo e inconseqüente, noto que cogitar a vida é desaguar oceanos, e aos meus vinte e tantos anos me concerto boêmio e sonhador,tampouco sagaz.

Mas confesso que meus abrasivos pensamentos gozam por tal luxúria ou talvez me evidencie mudo, quando implacavelmente me torturo por dentro e nada fazer quando percebo outros olhares singelos, fétidos e pagãos. Não hesitei e por segundos me levanto direcionando-me ao pedinte e perguntei como qualquer pessoa qual era seu maior sonho, de imediato houve tal impacto porém minutos após a pergunta me veio a frase “crescer”... Timidamente sorrir pra mim e como de costume pediu-me uns trocados e claro o ajudei. Algumas pessoas me olharam sem saber o porquê de minha atitude e outras mudaram o rumo de seus olhos envergonhadas é claro por julgar demais e conhecer menos.

E a vida vêm me ensinando algumas coisas e eu tento ensinar e ensaiar outras peças as quais somente eu sei o sacrifício por entre os bastidores, há tempos que não corro sem motivos, que não grito a bel-prazer de gritar, que não choro com o pretexto de achar que já chorei demais e que talvez já tenham me carecido as lágrimas e por este ensejo sinto os meus olhos tão secos, e por outras razões perco-me timidamente por ruas vazias buscando resenhar um destino que somente o tempo rabisca nos livros de Deus.

E cogitar a existência é o mesmo que perguntar para si o porquê de sofrer se tudo lhe parece injusto. Se há um motivo para cada lágrima nos lavando a face, terá uma razão para cada dor. Se somente amadurecemos em frente a perda, teremos que perder muito mais para evoluirmos...
Autor: Leandro Saldanha

sexta-feira, 28 de maio de 2010

A.

Você cresce e forja dentro de si a imagem de uma pessoa forte, segura e fugaz. Alimenta pensamentos por muitas vezes ligado ao passado, e quando denota a razão você se percebe desarmado aos 25 anos por alguém de 16. Você enlouquece, pira, e o implícito se torna o reflexo do que se meramente ilustra, uma pessoa tarda e só. Engraçado que a necessidade de tê-la se torna um vicio, afago as horas e quando bate a saudade a mente enverga quaisquer desculpa e até mesmo das mais insolentes, para que me viesse a tona a única verdade: sinto sua falta.

É tão fácil presumir sentimentos, criticar, generalizá-los, e por tal postura sua às vezes me calo mesmo quando sua pretensão vívida me corrói por dentro e contenho-me apenas com minhas idéias póstumas as suas, se todo migrante é louco e todo cuidado é pouco, vou tentando já não mais depender de tudo o que você criou em mim, enfim, você bem sabe o que se tem nas mãos e além do mais sempre volto atrás travestindo disfarces fugindo de minha própria imagem, falando pelos cotovelos e para quem quisesse ler que sou apenas fruto da inobservância humana, que sou tão normal quanto busco ser, e repetidas vezes vivo os mesmos rancores por não te ouvir e me perder.

Amar a matéria é trivial, porém nada que me faça trocar o som de Jobim somente por lembra de ti que me reinventa e me reconstrói seguro. Aprendo a me suportar ou pacientemente recobrindo frases feitas, e toda aquela extremidade posta sobre mim já não mais abuso dos contratempos e pesos.Dizem que ironia são para loucos dirá então sua loucura impérvia na mente de alguns e nítida em minha vida e se por toda critica à minha hipocrisia de querer ser o que não sou, te agradeço.Mesmo em meus momentos rebeldes insanos por destratar teu humor quase seco, então noto que a decadência humana não esta na forma em que vemos os erros, mas na maneira em que pretendemos concertá-los.

E vou catando os trapos já nãos mais pisando em caminhos incertos ou me refletir a vitrais singelos e cobertos por toda minha insegurança. Meu então hábito de te procurar quando a saudade invade espaços vazios a devaneios me confortam, porém às vezes esqueço-me de me perguntar até onde perdura o limite posto, mesmo quando a vida entorpece, enlouquece ou até me quando calo-me por entre pensamentos fincados aos dedos digitando-lhe preposições e outros adjetivos os quais você sempre me rebate conceituando-me por exageros e o quanto sou bobo, infantil e imaturo.

E no fim das contas sempre vale toda e qualquer sutileza, avaliar idéias, ou a verdade doa a quem doer, o cheiro de frustração no ar de quem perde ou de quem ganha e não cogita o inseguro.

Obrigado.
R.A.
Autor: Leandro Saldanha

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Hoje...

Se meu dia perde o valor e a existência
Eu hei de me calar em pensamentos
Pois se me cabe no coração a obediência
Minh’alma devora a dor, a solidão dos desalentos.

Se meu mundo perde a lógica, a crítica e a razão
Eu perco as horas, me desertando no esquecimento
Naufragado nas ondas de uma eterna ilusão
Sobrevivida no emaranhado espaço do meu querido tempo.

Posso não ser a voz, nem a vida, nem a luz
Não faço por onde, a idéia apenas me conduz
Sou um solitário da ignorância dos desabrigados.

Alimentado pela palavra viva dos orientados
Erguido pelo orgulho do que me resta então
De ter dito muitas vezes sim e poucas vezes não.

Auto: Leandro Saldanha

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Amar é



Amar é ponderar sobre os atos e fatos do coração
É não resistir à este amor e se entregar por inteiro
É lutar contra os erros, para que nada seja feito em vão
É navegar em sentimentos, e ser por completo aventureiro.

Amar é solidificar a alma de quem nos ama
É se aquecer nos braços da sua própria chama
É conter no peito uma gota desejável de saudade
É guerrear em pensamentos, a quem se quer de verdade.

Amar é debruçar sobre o carinho, num gesto sem vaidade
É sentir na pele o prazer e no olhar a lealdade
É tolerar a ignorância dos outros com firmeza.

Amar é suportar as injúrias do mundo sem tristeza
É seguir as vontades de quem se gosta, sem ousadia
É contar as horas, minutos, pra sonhar a cada dia.

Autor : Leandro Saldanha

domingo, 11 de abril de 2010

Inefável


Dizem que sou louco e que sou o reflexo de tantas expressões exposta em meu olhar, que minha naturalidade às vezes assusta quando crio margens para que o íntimo quebre e meu sorriso seja apenas um grão a mais no chão de quem pisa. Não me vago nem me permito se posto aos olhos de quem busca cifrar minha vida e por tanta convicção casual busco semelhantes modos para que outros se convençam de quem sou. Sou inefável, o reflexo do que se compreende por indizível e se por assim for o casso, serei apenas uma incógnita aos braços de quem busca amor. Vou ser tantos e outros arranjos em versos com intérpretes diversificados ao meu modo de enxergar por onde vivo. Enquanto alguns desabrigam amor outros virgulam frases como eu te amo a cada tempo que se tem alguém e com ninguém acaba estando.


Somos fruto da inércia casual e se pensar por inefável, digo que eu irei perdoar aos ignorantes que não se expressam como devem. Não irei viver a paralelos sonhos e por refletir esse meu eu imperfeito penso que seguir em vida é o mesmo que viajar ou quem sabe voar nas costas do vendo sem deixar que o tempo vague e nos esqueçamos de quem somos. Somos inconstantes e nos limitar em descrições é nos enquadrar a uma imagem retratada o vazio, julgar o que não se conhece e assim, alguns me completam frases quando dizem: você é louco. Sou louco porque falo quando sigo em nexo aos meus pensamentos e minha naturalidade me transforma num ser diferente? Quando minhas expressões transgridem o sorriso de outrem? Se por ser diferente, morro desigual, humano e inefável, porem :ÚNICO!


Autor: Leandro Saldanha

sexta-feira, 26 de março de 2010

Coração de Vidro


Vou te devorar vontades, escrever em mim o que há de melhor em você, vago poesias, desejos tão certo de dias incertos por saudade em gotas de amor. Vou me improvisar; me renovar; me redescobri, cifra o meu olhar que é todo teu. É você quem vive de medo, eu não eu. Venha me tocar em acordes feitos com meu tom de ironia, talvez note que pra se amar se quer bem mais vontades a que trancar sentimentos no receio de não saber o que quer e por outras duvidas vive de abraços com a indecisão, posso até viver de loucura, mas não sigo em contramão.


Já nem sou de vidro e meus argumentos ímpetos vazios me colhem abraços ao meu infinito particular, quando vago você em mim eu busco você em tanto lugar e já não te encontro mais. Teu medo de amar me confunde, me perdoe se já não sou dessa fase de quem vive aventura, sou eu quem ama e você quem procura. Procura talvez tantas incertezas repartidas e estilhaçadas a versos e você me vem com argumentos de quem não sabe amar. Vou buscar compreender o teu jogo, eu sou assim bem maior que a imensidão. Você vive de sonhos, eu que bem sei o que é sofrer por desilusão. Por isso, Vou te calar com gestos, vou me submeter aos teus beijos e quem sabe te mostrar que o primeiro amor são portas a outros amores, nem tudo são flores. Vou te devorar em silencio, deliciar em malicias teu medo, o teu sonho, tua mais sensata discrição, mostrar que pra amar nem sempre se precisar usar o coração.



Autor: Leandro Saldanh


- Dedicado a uma pessoa muito especial.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Meu amor.


Que me fique evidente no olhar, há mais em mim e me desconheço tanto. Por ora me perco e me encontro, por ora me reflito em persistir e te amar mesmo que por tanta vaidade me desfaço em pensamentos e me enlaço a outros versos meus somente por te fazer feliz, se por todo amor do mundo ainda me cabe alguma razão por te querer, se me calar terei segundos a mais por me arrepender por isso, te amo. Lembrar é fácil pra quem tem memória, se me cabe o coração a saudade sentida por dias que não te tenho, palavras são perdidas quando ditas ao vento quando na verdade meus olhos te silenciam mais ao dizer tanto em tão poucos segundos.


Não vou contrariar o que sinto e mentir a mim mesmo fingindo dosar o que sinto quando a ausência posta ao vazio da saudade me cobra ao me contentar somente por retratos postos na estante, quando se ama se quer a todo instante sem medir o tempo que se queira amar, é roubar repetidas vezes o que se diz ao silencio do meu olhar, é calar mesmo sem motivo ou sem notar a razão, e por todo amor que sinto vou seguindo mesmo que a distancia note carências abraçadas ao meu corpo ao sentir doses do teu infinito particular por isso, se eu entrar e você já não saio mais...TE AMO.


Autor: Leandro Saldanha

-te amo amor.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Sobre Medida


Por que eu me entrego desse jeito? Por que relevo a distancia quando a saudade bate? Você vive me dizendo que o tempo é inseguro, que terei saber de esperar por momentos futuros e que não poderei lhe ter quando meu coração bem desejar, e quando finjo dormir rolando na cama diante do silencio percebo que você se torna um motivo a mais pra amar. Já não cobiço teu corpo, por muitas vezes desejei você diante de meu colo e acariciar teus cabelos, ser o que te abraça em noites em que teus momentos de sonhos viram pesadelos. Mesmo que na carência eu busque teus olhos diante dos retratos teus postos ma saudade dos meus sonhos e eu vou buscando esperar e lhe ter na hora certa e dizer que eu fui aquele cara que soube amar você por mais dilema que se encontre a vida, você é aquele amor feito sobre medida.


Por que eu me entrego desse jeito? Antes de te conhecer busquei esquecer todos os caminhos de quem busca amar, mas não pude evitar gostar dos teus mimos e fui deixando destino discernir e me levar onde você está. Com você descobri a dose certa de tantos outros amores que tive e não havia notado que pra se amar não preciso ouvir vírgulas e outras frases pra provar que me amas, amor de cama não é pra toda vida são momentos as quais alguns buscam por puramente prazer, já você se tornou um todo do meu mundo por merecer e dizer obrigado anda é pouco e eu quase louco de paixão me abraço em paciência por lhe ter no momento exato de ser ter alguém por isso vou esta aqui diante dos teus olhos e te ensinar a amar como ninguém...

Autor: Leandro Saldanha


domingo, 3 de janeiro de 2010

Escolhas


Se você me quer me tome nos braços e tem que ser tudo como eu quero, nada de promessas de amor ou outras juras de ser como antes, se você me quer será como eu quero, já que somos bons e velhos e amantes. Você já não finge tão bem me querer, condições vou impor e se quiser voltar nada será como foi um dia, você bem sabe que comigo essa historia de amor bandido já não me convence, eu já sofri o bastante por acreditar em todas as desculpas que me deu simplesmente por estar abraçado a um outro alguém sem se quer notar que eu existo e por conta deste meu silêncio me deixei num amor que por muito tempo me arrastei aos seus pés pedindo pra voltar todas as vezes que eu desespero abraçado ao ciúme me tirou as contas e a paciência pra não te perder e quando você finge dormir todas as vezes que te convido pra um passatempo a dois o eu te amo sempre vem depois dos suspiros que me causas e pela saudade que sinto.


Se você me quer, terá de ser aos meus caprichos e por mais problema que te cause será do jeito que eu quiser e por mais desejo que me transborde o corpo você sempre terá em seus braços a hora em que você me quer.


Autor: Leandro Saldanha