sábado, 28 de agosto de 2010

Mil desejos.

Vou brincar de bem me quer, vou fazer de você meu aconchego, meu dengo, o meu coração. Me banhar de loucuras e quem saber despir a razão, vou contar meus segredos e pisar machucando aos poucos essa saudade que me corta quando estou assim tão distante. Vou me fazer de herói, de bandido, de amante. Vou gritar em silêncio te amo pra quem quiser encontrar em meus olhos essa então razão que me enlouquece, fascina e me toma. Vou entardecer, encontrar mil divãs e desabafar o que sinto e se minto digo por si covardia, você me completa, me domina, irradia.

Vou mostrar minha boca molhada dos beijos que você me deu, diga que você me quer mesmo que seu orgulho te envolva assim tão re repente, se por si só sou o vilão, você finge que eu sei por ser inocente. Este coração ainda é seu, e vou levar seu sorriso por outros que esqueci e chorei, não sabemos como será o amanhã quando se tem alguém ao coração. É muito fácil querer o difícil é saber quando se tem o erro, quando se não tem razão. E do que eu nada sei, vou dividir momentos a pensamentos pagãos o que por tantas vezes por sofrer não soube suportar a dor do que se perde mesmo quando se tem ao coração a sensatez do que se ama ou do que se buscar amar. Você faz parte do meu corpo que brisa a flores por me salientar.

Pode vir como vier, cada qual sabe como se preenche sua história, rotina de vida abstrata fecundada a atitudes vis quase tão incerta, por isso, nada vale o inseguro quando se busca querer viver de amor. Vou quem sabe acordar e dizer bom dia a seu corpo presente marcado suado na cama como a saudade introvertida a seu cheiro emaranhado por todo corredor, vou quem sabe procurar ligar ouvir sua voz como quem nada quer, vou inventar mil desculpas por somente desejar te encontrar ao entardecer do dia e timidamente me ouvir dizer te amo. Vou levar a certeza do muito pouco que eu sei, você é tudo e um pouco a mais que desejei.

Autor: Leandro Saldanha.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Meias verdades.

Vou deitar no divã de Deus, me consultar talvez ou desabafar e buscar assuntos pra desenvolver, essa então bolha de ar que abraça a vida como a vida quer, você suspira, deleita e sonha o que tiver de ser será como os rabiscos de seus pensamentos. Ostentar o inseguro é viver em sombras o que já não se permite caminhar em dias de frio sem que haja outros que te roubam o calor de suas esperanças e quase já não há motivos pra se acreditar que o mundo se rendeu, implícito, perene, fugaz.

Vou me permitir voar, navegar nas costas do vento, me desligar deste chão e meditar. Não vou julgar os meus limites, so far away em outras esquinas como dividir o meu olhar feliz, que o meu destino é cantar mesmo que o meu então aprendiz verso soletrado por anjos venha a me dizer que sou apenas um recanto de outras poesias grafadas por Deus. Às vezes reclamamos tanto que nem se quer notamos que agradecer é muito mais simples que exigir, por segundos achei que a vida você me ofertar quase tudo o que procuro, se eu não deixasse que o medo me abrandasse no escuro.

Engasgo frases, não vou me culpar tão somente por erros alheios, alguns choram quase não suportando o gosto amargo por meias verdades e outros abraços que engodam ternuras falsas. Não vou me preocupar me contentando a mentiras, quem faz seu destino sabe bem o que quer, nem sempre será a mando de Deus, ou seja, como vier. Costumava ouvir conselhos de minha mãe, sua voz quase rouca me fizera conter loucuras, são tantas coisinhas miúdas as quais o tempo corrói a alma, que quase nada ou quase tudo sobrepõe à perda, muitos que sofrem sabem como é abraçar a solidão, o que me dirá saber dividir ou tolerar quando se diz sim, ou quando saber dizer não.

Autor: Leandro Saldanha

domingo, 22 de agosto de 2010

Desalentos

Um sorriso brotando no rosto de quem um dia sofreu, consolei minha mãe que um dia dissera – Meu filho, tomes cuidado por onde passar. Eu com meus olhos agradeci o conselho, e disse – Não se preocupe, eu sei me cuidar. Foi então que comecei a cometer loucuras, esmurrei o destino, fingir não saber que a vida me devolve partes do que procuro, quando me dei por vencido, acordei cego no leito do escuro. As amizades que tive não sei onde estão, o intolerável fracasso bordado aos montes trapos sobrepostos ao meu corpo, reflete sobre meus olhos minha então condição de vida, suja, cruel, esquecida.

Aos pagãos me torno mais um pedinte, o tipo quem busca o repouso por tantas e tantas estradas seguidas sem rumo, sem se quer ter a noção de retorno. O que adianta lutar quando é fácil ceder, fé por fé sem merecer, vencer talvez um inimigo invencível. Vou quem sabe inventar quando a regra é vender, romper o invisível e por vez esquecer e chorar o implacável desgosto por ignorar outras frases e o amor de minha mãe. Abandonei minhas falas, troquei meu cobertor por este chão, quem sabe morrer uma ou duas vezes e brotar mim outras esperanças que plantei com a mão. Cravar na alma o gosto de quem quer viver o amanha sem a vergonha por ser um desconhecido aos olhos de quem passa, um pouco de paz nunca é demais.

Entre a luz e escuridão eu vou seguir, vou cantar muito mais pra quem quiser me ouvir, é tão cedo e tão tarde a mais pro mundo acordar, muitos que perdem só sabe o valor depois que se nota o gosto de amar. Não vou mais seguir com reis e rainhas presos em meu berço, meu reino é meu lar, minha mãe coração. Perdi muito mais criando fábulas e aventuras, a que escutar quem me que o bem e não a solidão. E se assim, que eu viva com feridas as quais o tempo proporciona a sensação exata que meu corpo necessita em liberdade, sei que viver de mentira é bem pior a que ter a sensação de não se viver a verdade.

Autor: Leandro Saldanha

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Me perdendo.

Não fale meu nome, não me tomes, você bem sabe o que faz. Verás que mesmo assim ainda corro atrás, pra retomar o que sentimos somos infantis, cegos, insanos. Redescubro minha insegurança, o que já não mais suporto abraçar sabendo que por todo amor dito a mim apenas fora mais uma de suas frases feitas a clichês dos teus olhares, vá em busca de quem te quer, more em outros lares, finja ser o que suas atitudes não conseguem demonstrar o que em muitas vezes em meus retratos traduzi ao silencio de meus olhos, sem exigir explicações, sem pestanejar...

Muitos dizem que somente os menos irracionais amam com intensidade, porém não serei eu quem ficará para descobrir quem mais amou, nem cometer o erro por me humilhar demais e me amar menos. Sorrir muitas das vezes nem sempre quer dizer “estou bem”, agora eu sinto que horas passei pensando acusando a mim mesmo por te amar demais e nem se quer notar o quanto fico de lado em tantas horas que a saudade percorre meu corpo na necessidade por te querer e te abraçar. Me olhe nos olhos e não tema, negue se for necessário a si mesmo mas não me destrate, quase morri de ciúme, porém quero saber do que você é capaz, se diz que me ama não me jogue a escanteio, não quero ser opção de quem não me satisfaz.

Você desconhece meus erros, meus anseios, finge querer descobrir. Você que quase me completa, não sei o porquê você faz isso comigo, me pego cantando outros tempos o que hoje quase nem noto, eu fiquei pra esquecer esse amor que você conquistou. Você desconhece minhas falas, e por tantas vezes que me arrepiou a pele me tocando aos gostos, fugiu de mim a esperança por te querer, você por muitas vezes me deixou de lado e quase insuportavelmente tive que conter vergonhas expressas sobre meus olhos, você tem um jeito só seu de me amar, porém, não demore a recompor o que perdeu, e por tantos segredos envolvidos sobre nos dois, e deixando pra depois você virá com tantos mimos querendo me envolver, só que as vezes é bem tarde quando se tem no coração a saudade, quando for se arrepender...

E me perder de vez.

Autor: Leandro Saldanha

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Tempo.

Sustento em meus olhos o ardor e outras rebeldias, nua, crua e singela. Meus cabelos brancos desenhados aos restos e reflexos vistos reprovando minha então juventude e aos vintes e tantos anos perdidos ensaiados por pensamentos arredios, furtos, fracos, impuros. Já não me encontro mais como antes, amantes de minha infância roubada ou quem sabe sujeitada ao propósito de me seguir seguindo as idéias repetidas vezes por me perder tão somente por não me encontrar. Lembro-me dos meus 15 anos, o novo já não me era tão necessário e diante do primeiro beijo dado me senti tão maduro quanto minha própria sede por amadurecer, o que viesse quase não importava perto de outras aventuras por vir e viver.


Por outras me cogitei chances perdidas, momentos os quais inconseqüentemente deixei passar por acreditar em outras verdades, amizades tão fúteis quanto minha necessidade de me sentir só. Você chora, cala, grita ao silêncio dos olhos e todo teatro de sorrir quase não importa quando se está diante de leões e cordeiros. A saudade só se torna oportuna quando se sente o gosto da perda, você apela, e por diversas vezes o gosto do afago se torna cada vez mais constante, auto-suficiente quase sem precisar dos que estão ao lado e quando menos se espera você se ver só.


Mas quem em sã consciência transpiraria falsas verdades? Já não posso mais refletir em meus olhos o sincero, o belo, humilde. Me roubam sonhos, invejam desejos, sustento apenas em meu silêncio o gosto e me sentir bem. A felicidade só se é permitida se por atitude você, move, densa, esparsa. Hesito em correr, pra que pressa se no final todos somos como somos, o tempo não correr o fato é que somos nós é quem corremos demais para acompanhá-lo, espero, almejo, sonho. Quanto mais posto sobre meu corpo a necessidade de me sentir feliz, mais acredito em minhas atitudes.


E assim seguirei.


Autor: Leandro Saldanha

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Esquecer.

E por tantas vezes eu já tive pressa, tão somente cai por onde passei e aquela solidão quase sempre muda, desde já não me assombra por onde caminhei. Você que me cala, me toma, me faz sucumbir aos teus desejos, apronte as malas quem sabe tome um rumo certo e já não volte mais, eu já perdi um longo tempo procurando em outras o que você já não me satisfaz. Vou pensar em cumprir a vida revivendo aventuras que ao seu lado prisões me fizeram conter, pode ser que um pouco de coragem ou loucura me revigore a vontade posta aos meus olhos por sorrir o que você me propôs a perder.

Hoje talvez eu viva outros planos revirados esquecidos tantos anos, e cada um por si seguindo seu caminho sem olhar pra trás. E por diversas vezes repeti canções, estar assim é tão desconcertante e quase sempre você perde o meio fio de sua história. São tantas coisas que somente entre nós soubemos guardar o que restou, já que não soube amar pegue a saudade que te resta dos meus beijos ou escute o próprio som de frases que você falou. É tão difícil olhar o que me resta mas mesmo assim eu vou levando em frente o que você não soube levar, e cedo ou tarde a perda lhe trará na pele o gosto que se tem de quem não soube amar.

Não espere resposta, você bem sabe que brincar de amor é muito mais que retalhar desejos. E vou rasgando verbos e saídas de feridas suas que aprendi a suportar, além do mais você é pouco pro meu bem querer querendo estar... Mas que me negar amor será covardia, que meu bem querer será todo seu, mas com certeza o primeiro a dizer que esteve errado meu amor, não serei eu. Por isso, o que você já foi um dia será talvez saudade recomposta a pensamentos vazios e entre outros os quais o meu coração abandonou, por isso, não leve contigo esse amor que você nunca amou.

Autor: Leandro Saldanha