terça-feira, 8 de março de 2011

Dês tino.

Quem disse que enlouqueço? Ainda que me viesse maus pensamentos afronta aos que me circundam, me construo diante de uma sociedade tão torpe. Quem sabe a sanidade de alguns possa me servir de consolo a conselhos que o silêncio meramente reflete sobre mim, muitas vezes deixei de ser eu mesmo e busquei um pouco avantajar caminhos como quem se permite a caminhar passos bem maiores á outras pegadas. Frívolos como quem anseia a liberdade de alcançar o céu mesmo sem ter trafegado ao inferno, procuro não me enquadrar aos que se permitem a mesmice, o pecado pode ser muito vantajoso quando se tem ao lado o gosto de errar para se chegar ao certo.

E por tantas vezes me peguei falando sozinho cogitando palavras que de fato condenam minha sanidade, como posso estar louco? Será que minha realidade é somente um mero instrumento de Deus há escolhas mal sucedidas decifradas ou aceitas justificadas por um conceito denominado destino? Uma vez concebida a idéia, ela se torna fixa, convexa. Até achei que as doses extras de cafeína haviam enraizado em mim certa loucura, percebo a cama vazia e meu corpo cansado e mesmo assim ainda continuo acordado tramitando pensamentos. Olho-me no espelho e lembro minha mãe dizer o quão envelheço a tardanças de minhas noites mal dormidas conversando horas a fora com pessoas as quais nunca vi se somente o sentimento que perdura o coração vinculado ao conceito de “amizade”.

E lentamente retirando o velho conceito afagado pela saudade do meu antigo eu, vou quem sabe justiçando os meus erros ou os meus fracassos ao destino que me condenasse vindos das mãos do criador. Foi então que percebi que não somos humanos meramente ilustrativos e muito menos o fantoche de uma criação, se temos a chance de decidir entre duas escolhas, as conseqüências seriam o resultado de todas as nossas atitudes e já que o criador nos dá esse poder, que sejamos justos. De nada vale o poder de escolhas quando muitos se deixam levar por tantas fraquezas, o destino é apenas a desculpa inventada pelo erro para que tenhamos alguém a que culpar quando não temos a coragem de assumir que erramos.

Agora esse é o ponto? Até onde você pode assumir? Pense nisso.

Autor: Leandro Saldanha

8 comentários:

jcbpontes disse...

mto bom!

Diogo disse...

concordo contigo, destino para mim é justificativa para erro. E achei interessante pra caramba sua descrição do sentir-se só no mundo. Continue escrevendo! Diogo

Unknown disse...

Nossa man, não achei que fosses 'filosofo'. Gostei pra caramba desse texto, que reflete justamente as justificativas de nossos erros ou melhor, os erros de nossas justificativas. Parabéns e continua escrevendo. Abraços

Bruna Herrera disse...

Caraca, você manda muito bem...
Parabéns...
beijos

Raul Alves disse...

concordo plenamente cntg, nada vale ter um poder se nao se pode usar, agora tem que ter responsabilidade de usar e fazer escolhas certas...

belo texto como sempre, parabéns

Lolita disse...

agora todos os nosso erros são justificados pelo destino ou pelo querer divino. Mas só não percebemos que somos responsáveis poor nossos atos, afinal é tão comum colocar a culpa dos nossos erros em outras coisas ou pessoas. Assim fica fácil erra afinal nunca é nossa culpa(¬¬)

Artur Tadaiesky disse...

Assumir a responsabilidade dos atos é o traço mais importante de um caracter pra mim. Faça merda mas nao culpe os outros uahiuahiuaa
Mandou bem,mano. Abraço

Maria Auxiliadora de Oliveira Amapola disse...

Bom dia, Leandro.

Adorei seu texto. Podemos fazer tanto, e quando o tempo passa, vemos que não fizemos nada.

Sentimos então, que decepcionamos o Criador que confiou em nós, dando-nos um pouco de inteligência e muitas oportunidades que deixamos passar, como uma carruagem que observamos até que ela dobre a esquina.

Um grande abraço.
Estou lhe seguindo.

Maria Auxiliadora (Amapola)