domingo, 19 de dezembro de 2010

Idas e Vindas

Você me olha como quem não quer nada, me solta um leve sorrido bandido no rosto e me deixa assim, confuso. Você que vem brincar de bem me quer me envolvendo entreolhares do teu silencio mudo e seu pensamento falante, você que já não me quer, nem como amor, nem como amante e só fica de charminho pra me atormentar. Tentei fugir, porém minha teimosia em admitir que te amo me devolveu planos das frases rabiscadas no mural das suas lembranças, e eu que pensei que por toda essa distância repartida a oceanos fosse me causar frustrações em um amor que partiu de mim refletido em você somente a amizade, ai que saudade de um tempo em que pensei que tudo era infinito.

Tentei voltar e pude ver o quanto errei, quem dera fosse fácil construir verdades pra mentiras quase incertas de um coração que sofre. Você correu em direções oposta aos meus anseios, e como quem quer viver buscou outras aventuras, amores, paixões e eu fiquei de entender ou quem sabe refletir a perda como quem reflete um sorriso mesmo quando tudo já não mais tem solução, você se tornou saudade quando tudo se tornou escuridão. E por tantas idas e vindas construir em mim o seu eu infinito, chorei sem meu disfarce posto em meu sorriso vazio, e quando dei por mim admitir o quanto eu te amo mesmo sem te ter.
Autor: Leandro Saldanha
ich liebe dich fur immer mine liebe.

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