terça-feira, 24 de agosto de 2010

Meias verdades.

Vou deitar no divã de Deus, me consultar talvez ou desabafar e buscar assuntos pra desenvolver, essa então bolha de ar que abraça a vida como a vida quer, você suspira, deleita e sonha o que tiver de ser será como os rabiscos de seus pensamentos. Ostentar o inseguro é viver em sombras o que já não se permite caminhar em dias de frio sem que haja outros que te roubam o calor de suas esperanças e quase já não há motivos pra se acreditar que o mundo se rendeu, implícito, perene, fugaz.

Vou me permitir voar, navegar nas costas do vento, me desligar deste chão e meditar. Não vou julgar os meus limites, so far away em outras esquinas como dividir o meu olhar feliz, que o meu destino é cantar mesmo que o meu então aprendiz verso soletrado por anjos venha a me dizer que sou apenas um recanto de outras poesias grafadas por Deus. Às vezes reclamamos tanto que nem se quer notamos que agradecer é muito mais simples que exigir, por segundos achei que a vida você me ofertar quase tudo o que procuro, se eu não deixasse que o medo me abrandasse no escuro.

Engasgo frases, não vou me culpar tão somente por erros alheios, alguns choram quase não suportando o gosto amargo por meias verdades e outros abraços que engodam ternuras falsas. Não vou me preocupar me contentando a mentiras, quem faz seu destino sabe bem o que quer, nem sempre será a mando de Deus, ou seja, como vier. Costumava ouvir conselhos de minha mãe, sua voz quase rouca me fizera conter loucuras, são tantas coisinhas miúdas as quais o tempo corrói a alma, que quase nada ou quase tudo sobrepõe à perda, muitos que sofrem sabem como é abraçar a solidão, o que me dirá saber dividir ou tolerar quando se diz sim, ou quando saber dizer não.

Autor: Leandro Saldanha

2 comentários:

♪Gisele♫ disse...

Como sempre rasgando sua alma límpida...

http://palavramaisqueamiga.blogspot.com/

Jefferson Reis disse...

Eu gostaria de poder seguir estas palavras.